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PARQUE URBANO DA MADALENA

Projecto elaborado por Tiago Costa no âmbito da dissertação final de Mestrado em Arquitectura Paisagista (FCUP) e do Estágio na Equipa Multidisciplinar do Projecto 'Avenida da República até ao Mar'.

 

LOCALIZAÇÃO:  Madalena, Vila Nova de Gaia

DATA: Junho, 2011

COLABORAÇÃO: Equipa Multidisciplinar do Projecto 'Avenida da República até ao Mar' (Município de Vila Nova de Gaia

 

 

 Tema da dissertação final - da qual o projecto aqui apresentado faz parte: "Agricultura Metropolitana - Incorporação De Uma Nova Lógica Agrícola Nos Sistemas Metropolitanos". Neste trabalho, com o objectivo de exemplificar uma aplicação prática do concei­to da Agricultura Metropolitana - desde o nível do planeamento até ao desenho e projecto do espaço - foi trabalhado um caso de estudo: o futuro Parque da Madalena.

  O trabalho foi organizado em 3 fase distintas, a diferentes escalas: o Estudo e Caracterização da Bacia Hidrográfica da Ribeira de Ateães (1ª fase); o Estudo da área total do futuro parque - 35 hectares - e elaboração de zonamento muito geral (2ª fase); a Elaboração de proposta para a área correspondente à primeira fase de construção do parque urbano (3ª fase).

 

  Para esta 3ª Fase - pormenorizada de seguida - os principais aspectos a ter em conta foram: minimizar o impacto das construções (existentes ou futuras); evitar a construção nas melhores áreas agrícolas; dignificar a entrada no parque, a partir do litoral; organizar os fluxos do parque e conjuga-los com a envolvente; criar condições de fruição e conforto.

 

Explicação da proposta (ver PLANO GERAL à direita):

 

O MAR. Ligação ao mar é um dos princípi­os da nova avenida. Propõe-se estudo de uma solução subterrânea para a Estação Elevatória - ENTRADA CONVIDATIVA A PARTIR DO LITORAL; pretende-se um Parque como alternativa ao uso balnear.

 

A RIBEIRA. Articulação do Parque com a ribeira de Ateães e com a sua REQUALIFICAÇÃO ECOLÓGICA. Instalação de percursos ribeirinhos e estabi­lização das margens, recorrendo a técnicas de engenha­ria natural. Deverão ser criados alargamentos da ribeira que funcionem como BACIAS DE DIS­SIPAÇÃO - evitando um caudal demasiadamente forte nos estreitamentos desta.

 

A AGRICULTURA. Talhões maiores, associados a culturas como o milho ou a batata, bem como ao pastoreiro pelo gado ovino já existente. Parcelas mais pequenas, associadas sobretudo à produção de hortícolas ou árvores de fruto, bem como à instalação de PEQUENOS TALHÕES DE CULTIVO - HORTAS URBANAS - que deverão ser organizados se­gundo uma lógica comum. Sempre que possível, associar estes espaços com áreas comuns, com o cultivo de árvores de fruto. As hortas deverão ser visíveis a partir de outras áreas do parque. USO DE SEBES BAIX­AS - impedem a passagem para estas áreas, permitindo no entanto o contacto visual.

 

O RECREIO. Para além de todo o recreio passivo ou activo que as áreas naturais propiciam, destaca-se nesta área a existência de um CAMPO DE FUTEBOL que de­verá ser aproveitado para usufruto público, mediante a sua relocalização.

 

DIFERENTES ÁREAS DE GESTÃO. Propõe-se 3 grandes tipos de áreas com gestão diferente: ÁREAS DE CLAREIRA COM PRADO DE SEQUEIRO, destinadas ao uso recreativo e que podem ser geridas apenas através do corte; ÁREAS DE ENQUADRAMENTO AOS ESPAÇOS E OUTROS EL­EMENTOS CONSTRUÍDOS, entre os quais a nova ave­nida (trabalhados com vegetação orna­mental e bastante mais cuidados que os anteriores); por último, as ÁREAS DE CRESCIMENTO SEMI-LIVRE, correspondentes a duas tipologias de espaço - áreas correspondentes à galeria ripícola e os espaços de mata. Nas primeiras, deverá haver uma gestão mini­malista, que não perturbe os habitats de valor existentes.

 

CAMINHOS E PERCURSOS. Os CAMINHOS PRINCIPAIS servem os principais fluxos Este-Oeste e garantem os principais atravessamentos Norte-Sul e, consequentemente, da ribeira. Propõe-se a criação de PEQUENOS TRILHOS (alguns dos quais inundáveis) que correspondem a um FLUXO mais CONDICIONA­DO.

 

CICLOVIA. O Parque, ao ser atravessado por uma ciclovia, constitui uma alternativa ao trajecto ciclável que será possível ao longo da nova avenida. TRAZER A BICI­CLETA para áreas específicas de um parque urbano, bem definidas, pode também fomentar uma melhor qualidade e DIVERSIDADE DE EXPERIÊNCIAS.

 

A FAIXA CENTRAL DA AVENIDA. Criação de uma mancha arbórea que dê continuidade as man­chas existentes desde o Sul até ao parque urbano. Neste espaço, dada a sua DIMENSÃO, propõe-se criação de um ESPAÇO VERDE DE ESTADIA E PASSEIO. São criadas as principais ligações entre o parque e as áreas urbanizadas previstas para a envolvente. O espaço vive para o seu interior e nele se localiza um elemento de água, áreas de clareira e pequenas parcelas semelhantes a áreas de mata.

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